Acervo de produções associadas à tese Professores Surdos na Casa dos Surdos
Quando pesquisamos precisamos exercitar o foco no objeto de pesquisa, no meu caso, os professores surdos do INES. Porém, vários temas importantes surgem quando entramos em contato com fontes bibliográficas e documentais que tem algum relação com o tema.
Os artigos e demais produções neste glossário são fruto da pesquisa de tese e representam uma maneira de avançar na reflexão, terminada a tarefa do doutoramento.
Special | A | B | C | D | E | F | G | H | I | J | K | L | M | N | O | P | Q | R | S | T | U | V | W | X | Y | Z | ALL
B |
---|
E |
---|
EDUCAÇÃO DE SURDOS PELO PROFESSOR SURDO, FERDINAND BERTHIERRevista Brasileira de História da Educação, 2019 EDUCAÇÃO DE SURDOS PELO PROFESSOR SURDO, FERDINAND BERTHIER: ENCARANDO DESCONCERTANTES PARADOXOS E LONGEVAS LIÇÕES Resumo: A atuação de professores surdos na educação de seus pares é um fenômeno mundial antigo, mas pouco assentado no Brasil. O professor surdo, Berthier (1803-1886), iniciou sua carreira em 1829, no Instituto de Surdos-Mudos de Paris. Trazemos aqui narrativas dele e sobre ele. Por meio dele, estão presentes durações de outros surdos, na história da sua educação. Em pesquisa bibliográfica realizada, percebemos que seu mestre, Auguste Bébian, estava disponível para imergir no ambiente de língua de sinais. Isso impulsionou Berthier à carreira docente e ao desejo de aglutinar e organizar outros surdos. Algumas de suas análises e preocupações quanto à educação de seus pares permanecem na atualidade, embora também reconheçamos que importantes avanços aconteceram, como conquistas dos movimentos sociais dos surdos. Palavras-chave: História da educação; educação de surdos; professor; Ferdinand Berthier. | |
M |
---|
MEDICALIZAÇÃO E EDUCAÇÃO DE SURDOS: O CASO DO INES POR PROFESSORES E ALUNOSRevista Práxis Educacional, 2019. MEDICALIZAÇÃO E EDUCAÇÃO DE SURDOS: O CASO DO INES POR PROFESSORES E ALUNOS Resumo: O processo de medicalização da surdez tem na educação um campo rico de discursos e práticas. Apresentamos narrativas de professores e alunos do Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES) nas quais percebemos a medicalização sendo operada. Trata-se de um recorte da pesquisa para tese em Educação que procurou compreender a inserção de surdos como professores no INES. No estudo de caso entrevistamos professores dos quadros de servidores ativos e aposentados, alunos, e realizamos pesquisas bibliográfica e documental. Esclarecemos como compreendemos a medicalização da surdez nas propostas de formação, destacando como se manifestou no INES posteriormente. Recusar a medicalização na surdez significa não impor padrões aos surdos. Palavras chave: Educação de surdos. Medicalização. Narrativas. | |
Método fônico e medicalização: pela heterogeneidade dos surdos e da educaçãoRESUMO Neste artigo objetivamos discutir o caráter medicalizante da proposta de alfabetização para pessoas surdas, especialmente quando baseada em perspectivas fônicas, presentes na Política Nacional de Alfabetização (PNA). A análise que fizemos do documento nos possibilitou observar a recomendação velada de um método para ensinar crianças a ler e escrever, inclusive as surdas. A defesa da PNA de que a abordagem metodológica pautada na instrução fônica e na consciência fonológica é superior a qualquer outra e deve ser tomada como princípio na fase inicial da alfabetização é medicalizante porque reduz a complexidade do processo de alfabetização e desconsidera a heterogeneidade que marca as diferentes formas de aprender tanto da criança ouvinte quanto da criança surda. Afirmamos ainda que qualquer proposta política com base democrática precisa considerar a pluralidade de estudos científicos realizados sobre alfabetização até o momento, e ainda, levar em conta a diversidade cultural, social, econômica e política que determina os diferentes atores envolvidos na alfabetização (professores, alunos e escolas). Por fim, destacamos que uma política que se propõe inclusiva precisa reconhecer os diferentes modos de ser e aprender das crianças surdas, suas possibilidades linguísticas e sua diversidade cultural. Palavras-chave: Política Nacional de Alfabetização. Medicalização. Surdez. Método fônico. | |
Mimografia ou dos Rastros da Língua de Sinais como patrimônio culturalRevista The Especialist, 2019 Mimografia ou dos Rastros da Língua de Sinais como patrimônio cultural Resumo: No âmbito da luta pelos direitos à educação igual para todos, encontra-se a luta por uma educação bilíngue para surdos. Neste texto, apresentamos uma problematização e uma demanda. Argumentamos que a aceitação da cultura, da identidade e da visão de mundo das pessoas surdas envolve não esquecer as obras e o patrimônio na secular luta pelos seus direitos. Por esse motivo, a proposta deste artigo visa divulgar entre os pesquisadores da língua de sinais os esforços empenhados por Ferdinand Berthier e por Roch-Ambroise Auguste Bébian, em especial a sua obra Mimographie ou Essai d’écriture mimique, propre a régulariser le langue des sourds-muets3, de 1825. Acreditamos que, além de se destacar a obra de William C. Stokoe, incorporar a obra e a ação de professores e militantes surdos franceses na luta pelo reconhecimento da língua de sinais é, simultaneamente, um resgate e uma importante estratégia. Palavras-chave: Língua de sinais, Roch-Ambroise Auguste Bébian, Mimographie, Escrita de sinais, Rememoração | |
O |
---|
O implante coclear no processo de medicalização e produção de subjetividades surdas - ou - Do sofrimento e da resistênciaConselho Regional de Psicologia 5ª Região, Comissão de Psicologia e Educação do CRP do Rio de Janeiro, 2016. O implante coclear no processo de medicalização e produção de subjetividades surdas - ou - Do sofrimento e da resistência Nosso objetivo é descrever o processo de medicalização das pessoas surdas e assinalar a articulação das redes de serviços em diálogo com a comunidade de surdos como uma estratégia de superação. Num primeiro momento, mostraremos que esse processo não é um fenômeno recente. Em seguida, apontaremos o implante coclear como um traço contemporâneo desse processo. No terceiro momento, sugerimos algumas pistas para pensarmos articulações em rede de serviços não medicalizantes. http://www.crprj.org.br/site/conversacoes-em-psicologia-e-educacao/ | |