As pesquisas sobre educação de surdos, geralmente, enfatizam o Congresso de Milão (1880) como único evento sobre a temática e o colocam como espaço em que houve uma derrota das línguas de sinais pelo método oral puro. Entretanto, outros congressos ocorreram no final do século XIX, permitindo-nos compreender que, se Milão dá preferência ao método oral puro, tal decisão não se deu de forma passiva e sem uma série de imbricações. A complexidade em torno do Congresso de Milão explicita uma rede de congressos organizados por professores de surdos que assistirá a criação de outra rede de congressos organizados por surdos para se contrapor ao que era decidido pelos professores ouvintes:
  • Congressos organizados por professores de surdos: Paris - 1878; Milão - 1880; Bruxelas - 1883; Paris - 1900.
  • Congressos organizados pelos surdos: Paris - 1889; Chicago - 1893; Genebra - 1896; Dijon - 1898; Paris - 1900.
Em Paris (1900) aconteceu um único congresso com seções simultâneas e sem que houvesse interação entre a seção dos ouvintes e a seção dos surdos.
Aproximar-se desses documentos descortina o protagonismo de muitos surdos e sugere como a resistência às decisões de Milão se consolidaram nas práticas dos surdos. 
No Brasil temos traduzido apenas o relatório de Kinsey sobre Milão e a seção de ouvintes do Congresso de Paris - 1900 publicados na Série Histórica do INES. As atas oficiais de Milão redigidas por Pasquale Fornari e publicadas em francês e italiano estão em fase de revisão de tradução para a língua portuguesa e devem ser publicadas pelo GIPLES-UFES (Grupo Interinstitucional de Pesquisa em Libras e Educação de Surdos) sob a orientação da professora Lucyenne  Matos da Costa Vieira Machado.