UM BREVE RELATO DE EXPERIÊNCIA ACERCA DO JOGO MATEMÁTICO APLICADO A
ALUNOS SURDOS DO ENSINO MÉDIO
Alanne de
Jesus Cruz (IPAESE)
José
Affonso Tavares Silva (UFS)
Tiago de Jesus Souza
(UFS)
Ensinar Matemática para alunos surdos é refletir em novas formas de
pensar o ambiente pedagógico, respeitando as especificidades de casa sujeito.
Nessa perspectiva, o presente artigo tem como objetivo geral: analisar
possíveis implicações do uso de jogos no ensino de Matemática para alunos
surdos do Ensino Médio em uma escola especializada da cidade de Aracaju, estado
de Sergipe. Acreditamos que o jogo, utilizado como instrumento mediador,
contribui para um ensino mais dinâmico e uma aprendizagem mais significativa
(KISHIMOTO, 1994). Como suporte teórico foram utilizados os seguintes autores:Schon
(1992), Vigotsky (2007), Gaudiot (2010), Reis (2021) e também o decreto 5.626
em Brasil (2005). O artigo se configura em uma pesquisa de abordagem
qualitativa com base em Triviños (1987), na qual, utilizamos como instrumento
de coleta de dados, observação participante em uma turma do 1º do Ensino Médio
no Instituto Pedagógico de Educação de Surdos (IPAESE), como também aplicação
de dois jogos matemáticos na turma em destaque. Entre os resultados
encontrados, percebemos que o ensino do professor de Matemática, quando usufrui
do jogo, garante uma aprendizagem mais significativa e um ensino mais
convidativo.
KISHIMOTO, T. Jogo,
Brinquedo, Brincadeira e Educação. São Paulo: Cortez, 1994.
REIS, L. R dos. Rejeição
à matemática: causas e formas de intervenção. Disponível em: https://repositorio.ucb.br:9443/jspui/bitstream/10869/1737/1/Leonardo%20Rodrigues%20dos%20Reis.pdf.
Acesso em: 05 jun. 2021.
TRIVIÑOS, A. N. S. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa
em educação. São Paulo: Atlas, 1987.
IPAESE. Instituto
Pedagógico a Educação de Surdos de Sergipe. Disponível em: <http://ipaese.org.br/>. Acesso em: 01 jun. 2021.
GAUDIOT, D. M. S. F. Sala de aula para surdos: recomendações ergonômicas. 168 f.
Dissertação (Mestrado em Design), Universidade Federal de Pernambuco-UFPE,
Pernambuco, 2010.
BRASIL. Decreto
nº 5.626 de 22 de dezembro de 2005. Regulamenta a Lei no 10.436, de 24 de
abril de 2002 e o art. 18 da Lei no 10.098, de 19 de dezembro de 2000.
Brasília, DF, 2005.
SCHÖN, D. A. Formar professores como profissionais
reflexivos. In: NÓVOA, A (Coord.). Os
professores e sua formação. 2. ed. Lisboa: Dom Quixote, 1992.
VIGOTSKY, L. S. A
formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores.
7. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2007.